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sábado, 21 de dezembro de 2013

Já ouviu falar na Pedagogia Waldorf?

A Pedagogia Waldorf nasceu no início do século passado, com Rudolf Steiner, filósofo alemão, que estabeleceu as bases da Antroposofia, que aglutina um vasto leque de conhecimentos científicos e espirituais, tanto do Ocidente, como do Oriente.

 
A Pedagogia Waldorf surgiu no decorrer dessas pesquisas na esfera da educação, onde Rudolf Steiner inseriu as suas teorias, de forma prática, em salas de aula. A grande missão da Pedagogia Waldorf consiste em considerar o aluno como um ser integral, dotado, além do seu corpo físico, de corpos subtis, como o corpo etérico, anímico e espiritual. Assim, o professor Waldorf tem como tarefa perceber que a criança é um ser dotado de aptidões e talentos que precisam ser despertados e encaminhados de forma harmoniosa. 
 
Na época, esta visão pedagógica revolucionou o ensino académico, que se baseava em excesso de estímulos intelectuais, e o tornou mais consciente em relação à profundidade do universo infantil.

Rudolf Steiner ofereceu diversas ferramentas didáticas, ensinando os professores a como envolver a criança com narração de contos e histórias, aproximando-a da natureza, mostrando como partir de exemplos do dia-a-dia para explicar os conceitos abstratos, transformando as aulas, dessa forma, em vivências ricas e profundas. 
 
Cabe a um professor Waldorf trazer o mundo para a sala de aula. Para isso, ele deve ser um artista, e todo o ensino, uma obra de arte.
Nas escolas Waldorf, o ensino artístico é muito valorizado, como mediador entre a atividade pensante e a atividade física, pois através da arte, o sentimento flui como elemento regenerador e harmonizador. 
 
Desse modo, nas escolas Waldorf, as aulas de música, canto, pintura, recitação de poemas e euritmia (arte do movimento) encontram lugar de destaque.
Nas aulas de trabalhos manuais, as crianças aprendem a tecer, tricotar, costurar, modelar e a trabalhar com madeira, esculpindo, forjando, criando, e, reconhecendo nesses trabalhos, as conquistas da humanidade ao longo de sua história. É também uma forma de se ter contacto com a matéria, além de ser estimulado o ritmo, a vontade e o respeito pelos trabalhos manuais.
Outra particularidade das escolas Waldorf, é que não se utilizam livros didácticos, deixando que os alunos construam seus próprios livros, anotando e desenhando nos seus cadernos, dando vida, criatividade e individualidade ao seu próprio material didáctico.
As notas também não fazem parte da Pedagogia Waldorf, por não representarem a totalidade da criança. O professor Waldorf acompanha, lecionando na mesma classe por oito anos seguidos, o que lhe permite conhecer profundamente cada aluno e apoiá-lo nos seus talentos e dificuldades.
 
Na visão de Steiner, todo ensino deveria ser terapêutico. Leva-se sempre em consideração a faixa etária de desenvolvimento da criança e do jovem, os chamados seténios, que auxiliam na elaboração e exploração do conteúdo das aulas.
 
A Pedagogia Waldorf incentiva nas crianças a visão de que o mundo é bom, no primeiro seténio, de que o mundo é belo, no segundo seténio e de que o mundo é verdadeiro, no terceiro seténio. Possibilitando que as crianças vivenciem essas imagens no dia-a-dia da escola, esses ideais florescem como qualidades anímicas e mais tarde, no adulto, se tornam traços positivos de carácter.


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