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terça-feira, 3 de abril de 2018

Ups... quem faltou ao respeito primeiro?



Vi um vídeo de origem italiana, onde se podem ver agressões a crianças, numa instituição, por parte dos profissionais (provavelmente educadores e auxiliares).




Por norma, surgem sempre contestações a este tipo de situações, muita gente comenta, agride verbalmente o agressor, diz que fazia isso ou aquilo, mata, esfola, manda para a prisão, chegam a dizer que tal profissional não pode mais exercer e etc e tal.
Quando são os pais a conversa é outra. Se é uma palmada, mesmo que mais forte é educação, é porque a criança fez algo que não devia ter feito. Só se existirem marcas fortes visíveis é que os progenitores são agressores.

Duas medidas para uma só ação... 


Falando dos profissionais que todos os dias têm a responsabilidade de um grupo de crianças, pergunto:

Quando se entra para um curso de educação será porque motivo?
Que valores levam esses futuros profissionais?
Que experiências trazem de trás?
O que motivo estes adultos para seguirem esta área?
Depois de concluída a formação como equilibram a teoria e a prática?
Como avaliam?
Como se auto avaliam?
Que valores passam?
Que experiências permitem serem vividas?
Que motivação transmitem? ...

Como profissional de educação e mãe, preocupam-me as respostas para estas questões.

Infelizmente já vi colegas a terem posturas semelhantes ou piores do que se vêm no dito vídeo. O que fiz? Denunciei. Se me arrependi? Não, apesar de ter sofrido consequências por ter sido justa e não conivente.


Colocam-se várias questões sobre este problema mas comecemos por uma que continua a fazer-me pensar, em que espécie se está a tornar o Ser Humano, e que poucas vezes se fala:

E os adultos que assistem e nada fazem, por simples conivência, indiferença ou medo...


Ok! Passemos a um cenário!

Vejo um educador/professor a bater numa criança e finjo que não vejo.
Se eu for auxiliar tenho receio que não acreditem em mim, afinal é a palavra do educador/professor contra a minha e ainda posso ficar mal vista perante as chefias.
Se eu for educador/professor penso que não tenho que me intrometer na prática do colega , temos a mesma formação e ele conhece o seu grupo melhor que ninguém, aliás se o fez é porque a criança em causa deve ser terrível.
Já nem penso mais nisso e termino o meu dia de trabalho. Vou para casa. Trato do jantar, dos filhos, banhos, deitar, orientar o dia seguinte até que chega o momento em que me deito. 
Agora o que acontece?




Fecho os olhos e durmo tranquilamente? ou...


Fecho os olhos e continuo a ver a criança que foi agredida, a chamar pela mãe ou pelo pai, a chorar, indefesa, com medo e sabendo que no dia seguinte quando tiver de ir para a escola irá contra vontade porque não quer que lhe aconteça o mesmo ou não quer ver a acontecer a outro amiguinho da sala?
Como durmo?
Como acordo?
O que vi nos meus sonhos? Águas agitadas, penumbras, sombras, medos, conflitos, poucas cores, culpabilizações, , confusão...??? Ou pelo contrário vi sol, cores fortes, sorrisos, harmonia, amigos, família...???

Ficam as perguntas. Mas ainda deixo mais uma. O que faz uma pessoa achar que tem o direito de bater em alguém, seja ele animal, criança, velho, marido, mulher, pai/mãe, filho...?????


Bater é covardia, numa criança mais ainda. É coação. O adulto é maior, mais forte e ainda tem a autoridade de ser pai/mãe/cuidador/professor. A criança não pode reclamar, gritar, fugir, pedir ajuda, defender-se, bater de volta... Pelo contrário, se o fizer ainda "leva mais" porque faltou ao respeito.


Ups... 
quem faltou ao respeito primeiro?


Ser agredido diminui a auto estima e confiança de qualquer um, 
é cruel, é degradante.





O exemplo tem que vir do adulto, seja ele pai/ mãe ou educador/professor. Não se pode pedir a uma criança que peça desculpa ao irmão ou amigos, que converse sobre a sua postura, que não bata quando quer um brinquedo, que não grite quando se quer fazer ouvido, quando no fundo é sempre isso que ela vê no adulto. Que bate quando faz algo mal, que grita quando não tem paciência e ofende e humilha quando não sabe o que fazer.


É mais do que sabido que existem estudos que comprovam que a criança  entendem e seguem mais facilmente os exemplos do que o "blá blá blá" dos adultos.


Já perguntou a uma criança porque não faz determinada coisa? Eu já! E ouvi como resposta "porque depois me batem". Não é porque é errado, porque já lhe disseram que seria melhor não o fazer, porque aleija alguém ou qualquer outro motivo mas sim porque é penalizado fisicamente.

A coisa certa pelo motivo errado?

Esta criança não aprendeu nada. O adulto quis educar mas usou a pior estratégia.

Isto faz pensar mais além. 
Esta criança vai crescer, certo? 
Quando for grande demais para a palmada qual será a outra forma de coação ❔❔❔❔❔

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Voltei como Pássaro Azul

Havia tanto, tanto, tanto por dizer sobre este período de ausência mas prefiro mostrar o que tenho feito.

Partilho convosco a minha página do facebook.

O meu projeto, o meu bebé, o meu sonho.







segunda-feira, 18 de maio de 2015

VII FILME

QUANDO TUDO COMEÇA

1ª parte


2ª parte


3ª parte


4ª parte



Duração: 117 minutos
Ano de lançamento: 1999 (França)
Direção: Bertrand Tavernier


Um filme que relata a vida de um professor numa escola do estado, em França, que enfrenta direções, comissões e tantas questões burocráticas em prol das necessidades dos seus meninos, cujos pais estão em situação de miséria e ao abandono. Será que consegue? Será que vence com os seus protestos? Até quando? A que custo?




Boa semana de trabalho! 
Até à próxima quarta feira! 

sábado, 11 de abril de 2015

Educadores aborrecidos educam crianças aborrecidas...

Apontamentos sobre Educação de Infância 
(clique para ver o texto integral)

"Carta aberta de uma criança...aborrecida! 

Estou farta…!  Estou tão farta!   Estou farta de bonecos de neve. Os bonecos... de neve deveriam ser abolidos do Jardim de Infância…e os flocos de neve também. No jardim-de-infância os bonecos de neve deveriam ser construídos se, e só se, nós, crianças, fizéssemos uma visita à Serra da Estrela ou a Montalegre!

E também estou farta de celebrar a primavera em dias que parecem inverno! Porquê que me mandam celebrar a primavera sem nunca me terem levado a ver a primavera?! A cheirar a primavera… A tocar na primavera… A sentir a primavera! Mas o painel ficou bonito, os pais gostaram! E o coordenador também! (...)"





Um texto excelente de um colega, Fábio Gonçalves.

Faz-nos pensar, mais uma vez, no que realmente importa na arte de educar.

As formatações, as salas bonitinhas, os trabalhos em linha de montagem, as decorações feitas pelo adulto e para os adultos apreciarem... Sim porque uma criança que entra numa sala agradável, com muita luz, com boas energias, com materiais que se adequem às suas descobertas e às suas partilhas, motivada e feliz... precisarão mesmo do Mickey e da Minnie, ou dos ursinhos, ou dos golfinhos, ou do Puff nas paredes.... para se sentirem bem? para se sentirem acolhidas? para se sentirem adaptadas?
Por favor... 

Quantas vezes não se pensa no tema da decoração sem se falar com o grupo? 
Aliás, por norma, este trabalho é feito antes do início do ano letivo para que quando o mesmo inicie os pais entrem numa sala decoradinha e arranjadinha e para depois elogiarem... 

Quantas vezes é organizada uma atividade sem antes consultar o grupo e saber a sua motivação, o seu interesse, a sua vontade...?

Quantas vezes são implementadas regras na sala sem se falar com o grupo antecipadamente...?

Quantas vezes o grupo dá sinais de cansaço, tornando-se agitado e o educador responsabiliza os pais, o tempo que não permite saídas ao exterior ou até às próprias crianças...?

Paremos para pensar. 
Esta criança está farta. 
Eu também. 
E não queria que os meus filhos estivessem a passar por o mesmo...


sexta-feira, 27 de março de 2015

O que uma criança deve saber e poder fazer...

"O que uma criança deve saber e poder fazer...

- deve saber que a amam, incondicionalmente e em todos os momentos;

- deve saber os seus direitos e que a sua família sempre a apoiará;

- deve saber rir, fazer caretas, brincar aos polícias e ladrões, ter amigos imaginários, fazer comidas do tipo Frango com Bolo de Aniversário ou Massinha com Chocolate e Alface e poder utilizar a sua imaginação sempre que deseje;

- deve saber que não acontecerá nada se pintar o céu de verde ou desenhar uma girafa de botas, um elefante de bigode ou gatos de seis patas;

- deve saber que o mundo é mágico e que ela também;

- deve também saber que é fantástica, inteligente e criativa e que ninguém tem o direito de a fazer sentir o contrário;

- que o que mais contribui para um bom desempenho escolar, é que se leia às crianças, desde pequenas, sem tecnologias modernas, nem creches da moda, nem jogos e computadores... ou seja, que a mãe ou o pai (ou preferencialmente, ambos) dediquem algum tempo, todos os dias, para se sentarem e ler com ela bons livros e inventarem, em conjunto, histórias divertidas e mirabolantes;
 
- que ser a criança mais inteligente ou mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Nós adultos, estamos tão obstinados em garantir aos nossos filhos todas as “oportunidades” que enchemos as suas vidas com um excesso de actividades tornando os seus dias, tantas e tantas vezes, tensos e cheios de preocupações... muito semelhantes às nossas;

- que uma das melhores coisas que podemos oferecer aos nossos filhos é uma infância simples, despreocupada, feliz e especialmente divertida;

- que as crianças merecem viver rodeadas de livros, de boas e positivas experiências ao ar livre, de ter contacto com materiais artísticos e poder explorá-los livremente. A maioria de nós poderia desfazer-se de 90% dos brinquedos dos nossos filhos e eles nem sentiriam falta;

- deve poder comer a fatia do meio das torradas de pão partidas em três;

- que não existem nada melhor para pais e filhos do que uma boa sessão de “familioterapia” para nos retemperar energias e nos centrar realmente naquilo que é verdadeiramente essencial;

- necessita de pais que se sentem para mais do que a ouvir, a poder escutar sobre aquilo que fez durante o dia, inclusive nos momentos em que não estava nas aulas;

- deve poder começar uma qualquer colecção (não interessa do quê) que nunca venha a terminar;

- deve poder passear, na companhia dos pais, nas noites de Primavera sem que estes se importem que se ande a 150 metros por hora;

- tem o direito a ter um colo onde se possa sentar, enroscar como uma concha e receber muitos, muitos mimos;

- de poder perguntar “A avó é amiga da Nossa Senhora de Fátima? Se estão as duas no céu devem ser”;

- poder tomar banho sozinha e experimentar mergulhar na banheira contando o tempo que aguentam sem respirar;

- tem direito a não ficar sozinha a chorar;

- deve poder desarrumar uma caixa cheia de brinquedos para procurar um ursinho com 5 cm ou uma peça minúscula de um puzzle;

- tem direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que demoraremos o dobro do tempo e tenhamos o triplo do trabalho;

- tentar manter-se acordada até mais tarde, numa noite de Verão, para tentar ver uma estrela cadente e, de seguida, pedir três desejos;

- tem o direito de saber que para nós as crianças são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com elas. 

(Por Luís Fernandes, Pedro Strecht e Alicia Bayer)"

 Tão simples como...

- deve saber que a amam, incondicionalmente e em todos os momentos;
- deve saber os seus direitos e que a sua família sempre a apoiará;
- deve saber rir, fazer caretas, brincar aos polícias e ladrões, ter amigos imaginários, fazer comidas do tipo Frango com Bolo de Aniversário ou Massinha com Chocolate e Alface e poder utilizar a sua imaginação sempre que deseje;
- deve saber que não acontecerá nada se pintar o céu de verde ou desenhar uma girafa de botas, um elefante de bigode ou gatos de seis patas;
- deve saber que o mundo é mágico e que ela também;
- deve também saber que é fantástica, inteligente e criativa e que ninguém tem o direito de a fazer sentir o contrário;
- que o que mais contribui para um bom desempenho escolar, é que se leia às crianças, desde pequenas, sem tecnologias modernas, nem creches da moda, nem jogos e computadores... ou seja, que a mãe ou o pai (ou preferencialmente, ambos) dediquem algum tempo, todos os dias, para se sentarem e ler com ela bons livros e inventarem, em conjunto, histórias divertidas e mirabolantes;
- que ser a criança mais inteligente ou mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Nós adultos, estamos tão obstinados em garantir aos nossos filhos todas as “oportunidades” que enchemos as suas vidas com um excesso de actividades tornando os seus dias, tantas e tantas vezes, tensos e cheios de preocupações... muito semelhantes às nossas;
- que uma das melhores coisas que podemos oferecer aos nossos filhos é uma infância simples, despreocupada, feliz e especialmente divertida;
- que as crianças merecem viver rodeadas de livros, de boas e positivas experiências ao ar livre, de ter contacto com materiais artísticos e poder explorá-los livremente. A maioria de nós poderia desfazer-se de 90% dos brinquedos dos nossos filhos e eles nem sentiriam falta;
- deve poder comer a fatia do meio das torradas de pão partidas em três;
- que não existem nada melhor para pais e filhos do que uma boa sessão de “familioterapia” para nos retemperar energias e nos centrar realmente naquilo que é verdadeiramente essencial;
- necessita de pais que se sentem para mais do que a ouvir, a poder escutar sobre aquilo que fez durante o dia, inclusive nos momentos em que não estava nas aulas;
- deve poder começar uma qualquer colecção (não interessa do quê) que nunca venha a terminar;
- deve poder passear, na companhia dos pais, nas noites de Primavera sem que estes se importem que se ande a 150 metros por hora;
- tem o direito a ter um colo onde se possa sentar, enroscar como uma concha e receber muitos, muitos mimos;
- de poder perguntar “A avó é amiga da Nossa Senhora de Fátima? Se estão as duas no céu devem ser”;
- poder tomar banho sozinha e experimentar mergulhar na banheira contando o tempo que aguentam sem respirar;
- tem direito a não ficar sozinha a chorar;
- deve poder desarrumar uma caixa cheia de brinquedos para procurar um ursinho com 5 cm ou uma peça minúscula de um puzzle;
- tem direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que demoraremos o dobro do tempo e tenhamos o triplo do trabalho;
- tentar manter-se acordada até mais tarde, numa noite de Verão, para tentar ver uma estrela cadente e, de seguida, pedir três desejos;
- tem o direito de saber que para nós as crianças são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com elas. 

Por Luís Fernandes, Pedro Strecht e Alicia Bayer

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Partilhas para o Dia do Pai

Pai
Padre
Pare
Father
Baba
Papa
Vater
Far
Otac
Isä
πατέρας
Patrem
Ray
Bapa
Bambo
Athair
бацька 
Oce
Cha


DIA DO PAI 2015

Mais um ano em que se festeja este dia tão especial para milhões de passoas em todo o mundo.
Fica a curiosidade... a palavra PAI escrita em 20 língua diferentes :)


Deixo algumas sugestões de trabalhos que espero que gostem. Sejam originais, primem pela diferença e deixem que os vossos meninos mostrem do que são capazes.

Deixo, mais uma vez, a minha dica: pensem em 2 ou 3 lembranças diferentes. Definam o número possível para cada uma delas (ex. numa sala de 25 crianças, de uma prenda fazem 10, de outra 7 e de outra 8) e mostrem ao vosso grupo as opções que têm. Permitam que as vossas crianças tenham opção de escolha, permitam que elas possam escolher a prenda com que mais se identificam.


Quadro feito com paus de gelados, com dizeres

Calendário anual com desenho e dedicatória

Cartão com massas pintadas

Reutilização de garrafas

T'shirt fantástica com pista, resultando em massagens ;)

Escovas com desenho em estanho

Reaproveitamento e personalização de lata

Marcador de livros com folha de acetato

Avião com paus de gelado e mola
 

Tenham um dia feliz e sobretudo... trabalhem por amor e com dedicação.
 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

As escolhas das crianças, formatadas pelo estado da educação atual

Edição e observação          
«Depois de 634 visualizações, este texto teve apenas 3 ou 4 comentários e alguns likes no facebook. Não me surpreende. Entendo que nem todos partilhem da mesma opinião que eu, isso é natural mas porque não fomentar uma discussão sobre isso mesmo? 
O estado da educação atual.... Será saudável? Será credível? Será verdadeiramente enriquecedor? Será sustentável? Será benéfico? Para quem? Será... será.... será....?
Fiz então uma breve edição a este texto...comecei pelo título. Veremos se apela ao interesse do educador, do pai, do leitor...»


Este texto é uma opinião pessoal e uma consequência das minhas experiências profissionais, algumas conversas com colegas educadoras e pais de crianças.



Aqui está uma questão que há partida não trás muitas dúvidas. Por um lado há os que acreditam e dizem, de uma forma redonda, "SIM", por outro lado temos o "NÂO" que demonstra, com toda a certeza a própria insegurança da pessoa que o diz.

Esta questão surgiu após uma conversa com uma amiga e colega, que este ano ficou colocada numa instituição onde ficou decidido que, nas efemérides, onde existe construção de prendas para oferta aos pais, as mesmas seriam iguais em toda a instituição, instituição essa, de renome (Setúbal).

Não é nada comigo mas sinceramente 
foi algo que me incomodou imenso.

Depois dessa conversa (no início de dezembro), sentei-me em frente ao meu computador com o meu blogue aberto na opção "criar no mensagem" e pensei em escrever, escrever e escrever, demonstrando apenas uma opinião. Depois parei. Pensei. 
Queria perceber se a maior parte das colegas pensam da mesma forma, então fui a três grupos diferentes no facebook que se intitulam "Educadores e educadoras", "Amo educação infantil" e "Educação de infância". 



Coloquei uma questão e dei a opção de várias respostas. 

 Eis o resultado.


 

" Deve a criança fazer as suas escolhas, 
em contexto de sala?" 

37 colegas:    "Sim respeitando a indicação do adulto"
14 colegas:    "Sim respeitando sempre as regras de sala"
4   colegas:    "Sim sempre"
1   colega  :    "Sem opinião"
0   colegas:    "não, seja em que circunstância for"
0   colegas:    "não, com exceções ditadas pelo adulto"
0   colegas:    "não, se os pais derem essa indicação"
0   colegas:    "sim, se os pais derem essa indicação"
0   colegas:    "outra (deixada em comentário)" 

Curioso... 

Depois de analisar estas respostas quis falar com algumas colegas/amigas educadoras, para tentar entender outras perspetivas, outras formas de trabalhar. Depois de muita conversa chegou-se sempre à mesma conclusão: existem, de facto, muitos profissionais/instituições que por insegurança ou inércia não avançam para novas abordagens

Note-se que a maioria das respostas apontam para a "escolha da criança com indicação do adulto", então pergunto: como está a criança a escolher? que escolha é feita por ela? Não faria mais sentido deixar a criança fazer as suas escolhas respeitando as regras da sala?


Vejamos o exemplo 1, simples... mas algo que pode acontecer com frequência nas nossas salas:
Para o Dia da Mãe, a Educadora Z propõe a execução de uma caixa de costura para cada criança poder oferecer mas...
 - a Criança T sabe que a sua mãe não vai dar grande valor ou utilidade porque não gosta de costurar
(ok qualquer Mãe dá sempre um grande valor às pequenas obras dos filhos mas estes sentem quando a prendinha é de facto valorizada ou não, como sendo útil)
 - a Criança R e a Criança S são gémeas, estão na mesma sala e oferecem a mesma prenda, ficando esta Mãe com duas ofertas iguais 
(ok haverá sempre diferenças porque cada uma pinta ou cola de maneira diferente mas a partir do momento em que a Mãe abre a primeira prenda a segunda já não será novidade e estas crianças sentirão que o que fizeram não é algo verdadeiramente único) 
Vejamos o exemplo 2, simples... mas algo que poderia acontecer com frequência nas nossas salas:
Para o Dia da Mãe, a Educadora  Y propõe a execução de uma caixa de costura, um colar e um ramo de flores (cada criança escolhe apenas uma das hipóteses) e eis que...
 - a Criança T opta por escolher o colar, porque a sua Mãe usa frequentemente e sabe que para além de gostar lhe vai dar uso
 - a Criança R e a Criança S são gémeas, estão na mesma sala e a primeira quer oferecer a caixa de costura porque a sua Mãe gosta e dá utilidade e a segunda opta pelas flores que ficarão bem na mesa da sala.

E então? Faz sentido?

Estaremos todos a respeitar o que se preconiza? Estaremos a trabalhar naquilo em que realmente acreditamos ser o melhor para a Criança? Ou será que estamos a fechar os olhos a esta formatação que estão a impor a uma educação, supostamente, mais enriquecedora? Será mesmo enriquecedor o que acontece diariamente em todas as instituições, em cada sala? E já agora... enriquecedor para quem? A que custo? 

Porque é necessário que as crianças sejam agrupadas por idades? Porque há algo implícito por detrás disso. 
A questão é que as crianças da mesma idade têm as mesmas afinidades, têm as mesmas capacidades, têm... são iguais.
Claro que se se coloca uma Criança pequena num ambiente para que ela acredite que é igual aos demais e todos os esforços estão em que ela veja que é igual, a Criança vai sentir-se igual, vai ter tendência a comportar-se igual, a homogeneizar-se.






Estas questões podem ser um ponto de partida para uma reflexão e análise ao sistema de ensino atual, à forma como os profissionais de educação agem, encaram a profissão, as suas crianças e alunos, a sala, os colegas, a própria escola e no fundo a sua própria essência.


Comecemos pelo princípio


Segundo o Relatório para a UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, traduzindo, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, sob a coordenação de Jacques Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo, os quatro pilares da educação ou do conhecimento: 

aprender a conhecer indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que verdadeiramente liberta da ignorância; 
aprender a fazer mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar;  
aprender a conviver traz o desafio da convivência que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento; e, finalmente,  
aprender a ser, que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.


Fundamentados nos quatro pilares, podemos pensar numa escola com espaços de interação, de participação e de articulação entre os segmentos.
Deve procurar-se sempre o respeito mútuo, a criatividade, o construtivismo, a solidariedade, a cidadania, desenvolvendo habilidades que levem os alunos a serem agentes do seu próprio saber e construtores de novos horizontes que possibilite uma vida mais feliz.

Fonte
http://www.moodle.ufba.br...




Deve uma criança 

fazer as suas escolhas? 


Estará o ensino atual 

preparado para 

responder 

a esta questão?



Não se pode falar em liberdade na escola, deixando a Criança experimentar para depois lhe ser permitido que se liberte fora da escola. As crianças têm que ser livres na escola. "Se não podermos decidir o que fazer, o que experimentar ou o que viver estamos muito limitados na hora de aprender. Por norma, estas crianças que não possam ter esta autonomia acabam por ser pessoas dependentes de outras, nunca vão fazer o que querem  mas sim o que os outros querem." diz Pablo Lipnizky do Colégio Mundo Montessori da Colombia.

A vida está cheia de opções e temos que aprender a fazer escolhas, por isso, a organização de todo o material educativo faz com que as crianças possam tomar as suas decisões. Um ambiente que respeite as suas necessidades, que se possa mover, que tenha uma variedade de materiais, que possa descobrir, que possa tocar, que possa seguir os seus próprios impulsos, sem ninguém que pretenda ensinar-lhe.
"Um sítio onde os alunos possam escolher as disciplinas que não querem fazer, as que querem fazer, onde podem propor atividades auto gerenciadas por eles. Uma escola aberta, uma escola onde os estudante não têm que dar satisfações a ninguém, onde cada um podia ser si mesmo. Então quem quer entra aqui, quem quer entra ali e crianças com idades diferentes juntam-se e acedem ao que pretendem por seus próprios interesses. A Criança vai encontrando caminhos para o seu futuro e quer seja sapateiro, quer seja médico, sabe que vai dar-se bem pois fá-lo com todo o amor, com toda a arte e toda a entrega possível." é o conceito de várias escolas tais como a Escola Atica Inka Samana no Equador, como nos conta Maria Gariela Albuja, ou a Escola Ideas na Colombia.

"A criança, na medida em que erra, vai-se dando conta porque o próprio material que manipula leva à correção. Por norma não deveria ser o adulto a corrigir a criança; a própria criança deve corrigir-se a si própria. Agora também existe muito a correção por parte das outras crianças mas considero que do ponto de vista educativo é extremamente benéfico haver erros e equívocos para a criança. A própria ciência apresenta mais erros do que acertos. É verdade que avança e nós sabemos que pode avançar quando há um acerto, mas os erros são os que permitem que os cientistas possam avançar." in "Educação Proibida" (1)

Se existe tanta preocupação com escolas inclusivas, com uma educação baseada nos princípios descritos acima, como podemos bloquear a livre escolha numa criança? Uma base essencial para que se sinta respeitada, valorizada e confiante. Como podemos querer ocultar algo tão importante no desenvolvimento de uma criança como a sua autonomia, a sua livre escolha, a sua necessidade de expressão...?



A criança, desde que nasce, nasce com a capacidade de criar, ela é criativa, observadora e curiosa. E na escola podem acontecer duas coisas: que o processo seja acompanhado e se propiciem atividades para desenvolver essa capacidade ou que seja frustrada. Também desde essa altura, a criança tem a capacidade de se construir a si mesma, aprendendo com o que tem à sua volta, através de brincar e explorar o mundo. As crianças absorvem cultura, a dos pais, e isso vê-se também na linguagem. Está no contexto cultural humano, a letras, o números e as palavras então a criança aprende da mesma forma que aprende a andar porque os adultos andam. Quer dizer, quando um ser humano nasce, a sua biologia não o obriga a ser humano, precisa de nascer num meio humano. Tudo o que nos rodeia influencia totalmente a nossa aprendizagem. Os espaços, os tempos, as atitudes das nossas famílias, as emoções, os gostos, as crenças, tudo é parte deste ambiente em que nos construímos. 

A pergunta então é:
 que ambiente estamos a oferecer às crianças 
para que os adultos se desenvolvam desta maneira?

 
O atual sistema "Prussiano" originado do padrão militar de educação da Prússia do século XVIII, tem como objetivo criar uma massa de pessoas obedientes e competitivas, com disposição para guerrear. No princípio do século XX surgiram diversos movimentos na pedagogia, pensadores de diferentes partes do mundo desenvolveram experiências educativas centradas na ação, na liberdade da criança e na construção AUTÓNOMA DA APRENDIZAGEM repensando toda a estrutura da escola tradicional. Porém, no meio do século, todas estas ideias transformadoras começam a cair no esquecimento com medo dos países totalitários. 
Infelizmente, este foi o modelo que se espalhou pela Europa e depois pelas Américas. A sua principal falha está em ser um projeto que não leva em consideração a natureza da aprendizagem, a liberdade de escolha ou a importância do amor e relações humanas no desenvolvimento individual e coletivo.
.

Digamos que o professor é a figura que é encarregada de ensinar uma série de conteúdos que condizem, porque alguém determinou assim, com uma idade determinada. 

"Se eu concebo que em determinado tempo tem que aprender a escrever o seu nome, vou estar preocupado, e em vez de estar centrado na Criança vou centrar-me no objetivo e vou tentar adaptar a criança ao objetivo. Se o que eu quero é que aprenda e viva, digamos que de uma maneira espontânea, ela vai aprender de qualquer maneira mas eu não vou estar preocupado com isso e vamos poder fluir e desfrutar do processo. Finalmente as crianças não vão divertir-se mais, ou seja, em 20 anos terão uma lembrança melhor da sua escola, o que já é muitíssimo, mas além disso têm rendimentos melhores com resultados a longo prazo, melhores." in "Educação Proibida" (1)

Curiosamente a educação não é preparada por educadores, são administradores, são pessoas que não dão aulas. A educação que vemos hoje, é administrativa: há alunos que chegam, professores que dão aulas, alunos que vão, professores que saem e no dia seguinte é o mesmo ciclo. Um professor do estado é um funcionário a quem a autoridade diz: "o senhor, tem que ensinar isto, isto e isto e desta forma" porque tem de ser repetido a demasiadas crianças com um professor que tem demasiadas horas de aulas e com poucas horas de atenção ao aluno de forma particular. 

E aqui estamos agora, com este problema enorme nas mãos...
Assim, fracassados somos todos os que compactuamos direta ou indiretamente com esta verdadeira máquina de subjugar crianças e adolescentes inocentes.


"Este sistema de linha de montagem que nasce com o Taylorismo,  foi aplicado tanto na indústria, na escola e no exército de diferentes países e culturas do Ocidente. As escolas são colocadas no mesmo patamar das fábricas e dos presídios, com seus portões, grades e muros; com horários estipulados de entrada e saída, fardamento obrigatório (em alguns estabelecimentos) intervalos e sirenes indicando o inicio e fim das aulas Até à poucas décadas atrás a escola tinha muitas coisas de quartel e de asilo, inclusive o recreio termina com um sinal anónimo não humano, que indica às crianças de devem adestrar-se, pouco a pouco para parar num determinado lugar, atrás de uma determinada cabeça, para formar uma fila, geralmente do menor ao maior. Durante os últimos séculos, temos construído as nossas escolas à imagem e semelhança de prisões e das fábricas, priorizando o cumprimento das regras, o controle social. A escola foi pensada como uma fábrica de cidadãos obedientes, consumistas e eficazes, onde, pouco a pouco, pessoas se convertem em números, qualificações e estatísticas. As exigências e pressões do sistema acabam por desumanizar todos, porque isto vai além dos diretores, professores ou inspetores escolares.", citado em "Educação Proibida" (1)

Os alunos são considerados como grupos homogéneos, com conteúdos homogéneos, que têm de obter resultados iguais. Todos temos de saber o mesmo. Apesar de nós, adultos, não sabermos todos a mesma coisa, apesar de não nos dedicarmos todos ao mesmo, nas escolas todos têm que querer fazer a mesma coisa e têm que fazê-la igualmente bem. Então a escola tem pouca capacidade de responder às necessidades e à individualidade, porque a escola instrui e um centro de instrução é o que faz. Quem não aprende fica. Essa é a realidade. Isso implica, de certa forma, que o sistema de educação seja um sistema de exclusão, porque acaba por selecionar as pessoas que queiram avançar até, por exemplo, à universidade, para chegar a fazer parte de uma elite que domina as empresas, que domina o sistema de comunicação, produção, económico, etc. E o outro tipo de pessoas para as quais a escola não é suficientemente adequada, que estão destinadas a outro tipo de trabalho, mais precário, porque não vão dispor de diplomas
.

Ao sistema e aos estados não lhes preocupa isso, honestamente, não lhes preocupa o ser humano, enquanto pessoa, enquanto indivíduo e nesses termos, toda a educação que procure algo diferente e inovador acaba por ser "abafada".

Hoje em dia, muitas Crianças com interesses e comportamentos diferentes do esperado são diagnosticadas com condições psiquiátricas. Quem nos assegura que não estamos a confundir a diversidades nas Crianças, com doenças? 
Em "Educação Proibida" o Dr. Carlos Gonzalez referiu algo que muito se debate hoje e lança polémicas pois não é consensual entre médicos "É uma autêntica epidemia, uma moda, em algumas zonas há 10% de Crianças nas escolas a tomar psicofármacos para a sua, suposta, hiperatividade. (...) A hiperatividade não está demonstrada neurologicamente, dizem que existe uma doença porque você cumpre uns critérios de diagnóstico, então alguém decide que você é hiperativo, que você é um superdotado, que você está dentro do limite na normalidade aceita para considerá-lo inteligente. (...) Ou as Crianças de hoje são muito mais hiperativas que antes, algo que me custa a acreditar, mas se for assim teremos de nos perguntar qual a causa para esse problema e o que fizemos para que as Crianças ficassem assim. Ou as Crianças são iguais às de antes e então o que fizemos que já não as aguentamos?"
"Se queremos que as Crianças sejam criativas temos que permitir que elas criem e deixar que tenham atividades em que possam agir de forma espontânea", ou seja, fazendo as suas próprias escolhas.
Mesmo não falando em patologia ou supostos comportamentos desviantes ou diferentes, existem ações nos adultos que refletem a sua ignorância e impaciência com a Criança e a forma mais fácil de justificar atitudes, que não aceita ou não compreende, é rotular e criticar exigindo à Criança um comportamento que seja aceite pelo adulto. Este pediatra espanhol também refere esta situação quando refere "Esta Criança fala demais, deveria ser mais silenciosa, mas se esta Criança fala pouco deveria ser mais expressiva; esta Criança brinca pouco, teria que brincar mais; esta Criança mexe-se demais por isso deveria ficar mais quieta. Faça o que faça parece que tem que estar sempre mal, que tem que acabar por ser a Criança protótipo que faz exatamente metade de tudo".

Este é grande desafio: deixarmos de ter a tendência de dirigir a atividade da Criança. A única forma que sabemos de educar é dizermos ao outro o que fazer e como fazê-lo deixando pouco espaço para as experiências onde decidimos por conta própria.

Somos iguais como indivíduos, biologicamente somos uma espécie, mas social e culturalmente somos diferentes e isso a escola não tem conseguido entender.



É urgente 
que se continuem 
a educar os educadores!


Só mais um exemplo...?
 
Quando acabamos o 12ºano e decidimos tirar um curso, pensamos numa área que gostamos, que à partida, nos realizará profissionalmente. O curso de Educadores de Infância (assim designado quando o tirei), assim como tantos outros, deveria ser muito exigente quanto à entrada de alunos. 

Estamos a falar de pessoas que irão estar diariamente com Crianças! Estamos a falar de pessoas que deverão ensinar, acolher, acarinhar, proteger, instruir, respeitar, acompanhar, avaliar... e muitas delas não o sabem fazer e não o querem fazer. 
Falo com conhecimento de causa... infelizmente. 

Recordo-me que quando entrei no curso a minha turma tinha 50 alunas, algumas desistiram logo no início, outras a meio e no final houve quem acabasse por dizer que só tinha ido para aquela área porque não tinha conseguido entrar noutra.

Isto é grave! Muito grave! Esta falta de vocação é um desrespeito para com as colegas que estão por amor à profissão e para com as Crianças e suas famílias.

Depois há os outros colegas. Aqueles que são excelente profissionais mas que veem o seu trabalho a ser "sabotado" simplesmente porque sim. E este porque sim é, de facto, isso mesmo. Sim porque há quem ache que estes só se querem evidenciar. Sim porque é alguém dinâmico e que abafa os restantes colegas. Sim porque há invejas. Sim porque não vai de encontro com a "política" da instituição. Sim porque as sugestões que faz dá muito trabalho a pôr em prática. Sim porque não é compreendido e muitas vezes é visto quase como uma ave rara... Uma realidade que nós tão bem conhecemos. Eu conheci.

Obviamente que há ainda os de exceção! Todos os colegas que estão por vocação, que se entregam ao seu grupo de uma forma sensível e honesta e sem preconceitos ou sem receios, conseguem fazê-lo livremente.

Felizmente há muito bons profissionais mas infelizmente nem todos são devidamente reconhecidos.  

O reconhecimento da nossa área 
só acontecerá quando 
deixarem de existir 
profissionais e/ou instituições 
que fazem com que sejamos vistos como 
"Tratadores de Crianças".

 
Tudo isto me entristece.

 
Será assim tão difícil entender o que é o melhor para a Criança? Será assim tão difícil de perceber que quem está na área da educação não pode simplesmente tirar o curso e pensar que está tudo feito? É preciso continuar a investir na sua formação profissional e pessoal!


Tem sido gerado todo um movimento, de décadas, chamado Escola Ativa, onde a Criança faz, produz, sai da cadeira. Mas isto não é novo, já nos anos 50, Piaget escreveu sobre isso, e não se põe em prática porque dá trabalho, há preguiça.

Jordi Mateu da XELL, Rede de Educação Livre em Espanha coloca uma grande questão, "Qual é o objetivo da educação? Aprender? Aprender o quê? Conhecimentos?" e responde dizendo "...ir desenvolvendo umas capacidades humanas que só se desenvolvem a partir da relação com o outro, a partir do tempo, a partir do processo, a partir do fazer, a partir do comunicar, a partir de se ver e de se reconhecer, a partir do amor."

A educação sistémica diz que os protagonistas da educação são os pais, então uma escola que está pouco vinculada com as famílias, é uma escola que tende a fechar-se sobre si mesma, e como consequência, a reproduzir mecanismos de relação e aprendizagem que seguramente estão desvinculados da realidade de cada um dos alunos. Sem o envolvimentos dos pais, e da família em geral, não pode haver projeto.



 Vale a pena ouvir quem sabe e pensar no que dizem...



"Todo mundo fala de paz, mas ninguém educa para a paz. As pessoas educam apenas para a competição e a competição leva à guerra."

— Pablo Lipnizky

"A única revolução realmente digna de tal nome seria a revolução da paz, aquela que transformaria o homem treinado para a guerra em homem educado para a paz porque pela paz haveria sido educado. Essa, sim, seria a grande revolução mental, e portanto cultural, da Humanidade. Esse seria, finalmente, o tão falado homem novo."


"Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos, prestativos e responsáveis possa mudar o mundo. Na verdade, é assim que tem acontecido sempre."


"A liberdade real virá quando nós nos libertarmos da dominação da educação ocidental, da cultura ocidental, e do modo de vida ocidental."


"A criança escolhe com intenção, realiza com concentração e reflete sobre aquilo que aprendeu. Com um passo de criança, dá um passo de gigante na interiorização de uma metodologia fundamental na aprendizagem ativa!"


"As crianças são encorajadas a explorar o seu ambiente expressando-se através de todas as suas linguagens naturais, a tomarem  decisões e a fazerem as suas próprias escolhas, geralmente em cooperação com os seus colegas, sobre o trabalho a ser realizado, possibilitando o desenvolvimento da confiança das crianças."

"Não me sigam, sigam a criança" 

"Não há basicamente em nenhum nível, uma educação que não seja a auto educação (...). Qualquer educação é auto educação e nós, como professores e educadores, somos, em realidade, apenas o ambiente da criança educando-se a si própria. Devemos criar o mais propício ambiente para que a criança se eduque junto a nós, da maneira como ela precisa educar-se por meio do seu destino interior."


"...a educação sem liberdade dá como resultado uma vida que não pode ser vivida plenamente."
- Alexander S. Neill