Os primeiros estudos sobre o desenho infantil começaram há cerce de 100 anos e seguindo
o princípio de que os desenhos da criança evoluem, vários autores, tais como
Lowenfeld e Brittain (1970), Stern(1968), Meridieu (1994), Ferreira (2003), Cox
(2001), Sans (2001), entre outros, estudaram as características dessa evolução.
Segundo Lowenfeld e Brittain o desenho tem as seguintes fases:
GARATUJA DESORDENADA (1 A 2 ANOS):
Não tem consciência de que o risco é consequência de seu movimento com o
lápis (RELAÇÃO TRAÇO-GESTO).
Não olha para o que faz. Segura o lápis de várias maneiras, com as duas mãos alternadamente. Todo o corpo acompanha o movimento. Faz figuras abertas (linhas verticais ou horizontais), num movimento de vaivém.
Não olha para o que faz. Segura o lápis de várias maneiras, com as duas mãos alternadamente. Todo o corpo acompanha o movimento. Faz figuras abertas (linhas verticais ou horizontais), num movimento de vaivém.
GARATUJA ORDENADA (A PARTIR DE 2 ANOS):
Descobre a relação gesto-traço e entusiasma-se muito. Passa a olhar para o que
faz, começa a controlar o tamanho, a forma e a localização no papel. Varia as
cores intencionalmente. Começa a fechar as suas figuras de formas circulares ou em
espiral.
GARATUJA NOMEADA (A PARTIR DOS 3 ANOS):
Representa intencionalmente um objeto concreto , através de uma imagem
gráfica.
Alguns movimentos circulares associados a verticais começam a dar forma a uma figura humana (esquema céfalo-caudal: a cabeça vai ser desenhada maior que o corpo). Começa a nomear suas garatujas indício de que o pensamento mudou de cinestésico para imaginativo (+ de 3 anos e meio), a criança começa a interagir os seus movimentos com o mundo à sua volta. Os desenhos não mudam muito, mas desenha com intenção e o tempo dedicado aumenta e são mais diferenciados, muitas vezes acompanhado de uma descrição verbal do que está a fazer que é comunicação verbal consigo própria, anunciando o que vai desenhar antes ou depois de o fazer. Um traço pode ser uma árvore ou a própria criança, são muitas vezes traços sem sentido para o adulto mas são muito reaisl para a criança, que deve ser encorajada.
Alguns movimentos circulares associados a verticais começam a dar forma a uma figura humana (esquema céfalo-caudal: a cabeça vai ser desenhada maior que o corpo). Começa a nomear suas garatujas indício de que o pensamento mudou de cinestésico para imaginativo (+ de 3 anos e meio), a criança começa a interagir os seus movimentos com o mundo à sua volta. Os desenhos não mudam muito, mas desenha com intenção e o tempo dedicado aumenta e são mais diferenciados, muitas vezes acompanhado de uma descrição verbal do que está a fazer que é comunicação verbal consigo própria, anunciando o que vai desenhar antes ou depois de o fazer. Um traço pode ser uma árvore ou a própria criança, são muitas vezes traços sem sentido para o adulto mas são muito reaisl para a criança, que deve ser encorajada.
O uso da COR é mais
exploratório e mais relacionado à distribuição física das cores do que com os
problemas emocionais da criança, tende a empregar cores diferentes para
distintos significados.
Atenção, é
perigoso fazer interpretações de garatujas: cores, círculos e linhas devem ser
olhados como tais e não como símbolos. Se a garatuja
continuar até mais velho (+ de 4 anos) pode indicar um retrocesso momentâneo no
seu desenvolvimento e que, principalmente, se sente inseguro de si mesmo. Se se
mantém até aos 7 anos, podemos falar que essa criança não se encontra no nível
normal de sua idade.
PRÉ-ESQUEMÁTICA (4 AOS 6 ANOS):
Nessa fase aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e
realidade. Quanto aos espaços, os desenhos são dispersos inicialmente, não
relacionados entre si. A representação da figura humana evolui em
complexidade e organização: aparecem lentamente os braços, as mãos, os pés,
muitas vezes com vários dedos, radiados, e às vezes aparece o corpo.
A criança desta fase ainda não é capaz de organizar graficamente um todo coerente. Os objetos são desenhados de forma solta e a relação entre eles é subjetiva (posição satélite). Em relação a cor, a escolha é subjetiva e ligada as emoções do vivido.
A elaboração da figura humana está intimamente ligada à significação simbólica que as diversas partes do corpo têm para sua história pessoal, para a forma como a criança se percebe frente ao mundo. Assim, omissões, sombreamentos ou distorções podem representar conflitos internos. Enfim, é muito importante a criança ter oportunidade de se expressar seja através de desenho ou brincadeira. Desta forma, estará a vivenciar questões internas (muitas vezes conflituosas), ou seja, através do desenho e/ou brincadeira a criança exterioriza aquilo que ainda não consegue resolver. E cabe-nos a nós, professores/ pai/ educadores estarmos atentos as várias maneiras de expressões não-verbais (tão importantes quanto as convencionais), pois elas podem nos dar indícios do que a criança vive, experimenta ou sente. Portanto, fiquemos atentos!
A criança desta fase ainda não é capaz de organizar graficamente um todo coerente. Os objetos são desenhados de forma solta e a relação entre eles é subjetiva (posição satélite). Em relação a cor, a escolha é subjetiva e ligada as emoções do vivido.
A elaboração da figura humana está intimamente ligada à significação simbólica que as diversas partes do corpo têm para sua história pessoal, para a forma como a criança se percebe frente ao mundo. Assim, omissões, sombreamentos ou distorções podem representar conflitos internos. Enfim, é muito importante a criança ter oportunidade de se expressar seja através de desenho ou brincadeira. Desta forma, estará a vivenciar questões internas (muitas vezes conflituosas), ou seja, através do desenho e/ou brincadeira a criança exterioriza aquilo que ainda não consegue resolver. E cabe-nos a nós, professores/ pai/ educadores estarmos atentos as várias maneiras de expressões não-verbais (tão importantes quanto as convencionais), pois elas podem nos dar indícios do que a criança vive, experimenta ou sente. Portanto, fiquemos atentos!
Fonte:
Avaliação Psicopedagógica da
criança de 0 a 6 anos/
Vera Barros de Oliveira e Nádia A. Bossa (orgs.)
A garatuja, nome dado aos rabiscos infantis aos quais nos referimos, pode não
fazer muito sentido, mas é uma maneira do seu filho se comunicar.
Os primeiros desenhos, por volta dos 2 anos, são traçados longitudinais, desprovidos de controle motor e sem sentido. Com 2-3, surgem os movimentos circulares. A partir dos 3-4 anos, eles fecham-se em formas independentes. Ganham significado, ou seja, a criança atribui-lhes nomes e conta histórias sobre o que retratou. Aos olhos dos pais, os rabiscos ficam mais reconhecíveis. Nessa fase, aparecem os primeiros indícios de figuras humanas. A evolução da garatuja é paralela ao desenvolvimento cognitivo da criança.
É por isso que a familiaridade com lápis é tão importante para a escrita. Há atividades que o ser humano desenvolve naturalmente, como, por exemplo, caminhar. Habilidades, como escrever, precisam de treino.
Estimular é importante
Os primeiros desenhos, por volta dos 2 anos, são traçados longitudinais, desprovidos de controle motor e sem sentido. Com 2-3, surgem os movimentos circulares. A partir dos 3-4 anos, eles fecham-se em formas independentes. Ganham significado, ou seja, a criança atribui-lhes nomes e conta histórias sobre o que retratou. Aos olhos dos pais, os rabiscos ficam mais reconhecíveis. Nessa fase, aparecem os primeiros indícios de figuras humanas. A evolução da garatuja é paralela ao desenvolvimento cognitivo da criança.
É por isso que a familiaridade com lápis é tão importante para a escrita. Há atividades que o ser humano desenvolve naturalmente, como, por exemplo, caminhar. Habilidades, como escrever, precisam de treino.
Estimular é importante
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