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quarta-feira, 22 de abril de 2015

IV Filme

MITÃ


Duração: 52 minutos
Ano de lançamento: 2013 (Brasil)
Direção: Lia Mattos e Alexandre Basso

Um documentário que prima pela diferença onde o Brincar é o protagonista, é o "Tesouro". Uma obra inspirada em Fernando Pessoa, Agostinho da Silva e Lydia Hortélio, que fala da educação, da natureza, da espiritualidade, da cultura de cada sociedade e a forma como tudo se transporta para a criança.




Boa semana de trabalho! 
Até à próxima quarta feira!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Encontro de pais sobre educação



Dia 3 de Maio às 16h vai realizar-se mais um encontro Mães fora do Ovo (clicar).

Organizado pela minha querida Marta Nabais, autora do blogue Ovo (clicar),   estes encontros, são abertos a toda a comunidade com intuito de conviver e partilhar experiências com outros pais. 

Num espaço muito agradável, cedido pela nossa querida Margarida Madeira, SLOW Yoga Home (clicar) abre as portas a estes momentos de aprendizagem, tornando-se um parceiro fundamental.

Assim, o tema deste encontro vai girar em torno da Educação Pré Escolar.
• Como escolher uma creche e jardim de infância
• Alternativas na margem sul
• Rede de apoio - comunidade


Para ajudar nas reflexões e dar resposta a algumas dúvidas estarei presente.

Curiosos? Venham daí para uma tarde bem passada ;)

É necessário confirmar a sua presença através do email: hello.mybabyrocks@gmail.com, onde deverá deixar um contacto e a indicação se leva crianças de maneira a organizarmos o espaço consoante o números de inscrições.

OvO


quarta-feira, 15 de abril de 2015

III Filme

ALÉM DA SALA DE AULA



Duração: 95 minutos
Ano de lançamento: 2011 (EUA)
Direção: Jeff Bleckner

Baseado em factos verídicos, este filme relata a história de uma professora, recém licenciada, que encontra no seu primeiro trabalho, uma realidade para a qual a sua formação não a preparou. Um impressionante relato de como se vence, apesar de todas as dificuldades, numa escola temporária para sem abrigo, nos Estados Unidos.




Boa semana de trabalho! 
Até à próxima quarta feira!

sábado, 11 de abril de 2015

Educadores aborrecidos educam crianças aborrecidas...

Apontamentos sobre Educação de Infância 
(clique para ver o texto integral)

"Carta aberta de uma criança...aborrecida! 

Estou farta…!  Estou tão farta!   Estou farta de bonecos de neve. Os bonecos... de neve deveriam ser abolidos do Jardim de Infância…e os flocos de neve também. No jardim-de-infância os bonecos de neve deveriam ser construídos se, e só se, nós, crianças, fizéssemos uma visita à Serra da Estrela ou a Montalegre!

E também estou farta de celebrar a primavera em dias que parecem inverno! Porquê que me mandam celebrar a primavera sem nunca me terem levado a ver a primavera?! A cheirar a primavera… A tocar na primavera… A sentir a primavera! Mas o painel ficou bonito, os pais gostaram! E o coordenador também! (...)"





Um texto excelente de um colega, Fábio Gonçalves.

Faz-nos pensar, mais uma vez, no que realmente importa na arte de educar.

As formatações, as salas bonitinhas, os trabalhos em linha de montagem, as decorações feitas pelo adulto e para os adultos apreciarem... Sim porque uma criança que entra numa sala agradável, com muita luz, com boas energias, com materiais que se adequem às suas descobertas e às suas partilhas, motivada e feliz... precisarão mesmo do Mickey e da Minnie, ou dos ursinhos, ou dos golfinhos, ou do Puff nas paredes.... para se sentirem bem? para se sentirem acolhidas? para se sentirem adaptadas?
Por favor... 

Quantas vezes não se pensa no tema da decoração sem se falar com o grupo? 
Aliás, por norma, este trabalho é feito antes do início do ano letivo para que quando o mesmo inicie os pais entrem numa sala decoradinha e arranjadinha e para depois elogiarem... 

Quantas vezes é organizada uma atividade sem antes consultar o grupo e saber a sua motivação, o seu interesse, a sua vontade...?

Quantas vezes são implementadas regras na sala sem se falar com o grupo antecipadamente...?

Quantas vezes o grupo dá sinais de cansaço, tornando-se agitado e o educador responsabiliza os pais, o tempo que não permite saídas ao exterior ou até às próprias crianças...?

Paremos para pensar. 
Esta criança está farta. 
Eu também. 
E não queria que os meus filhos estivessem a passar por o mesmo...


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Encontro de educadores de infância em Lisboa

Achei interessante esta iniciativa, achei que fazia sentido partilhar! Tenho pena de não poder ir a este primeiro, mas os seguintes.... tentarei ;)
Bom trabalho colegas!



Colegas
Injustiça a mais na nossa profissão? Sentimento de impotência perante as situações da nossa profissão? Cansaço do velho deixa andar e da passividade e inércia existente na nossa profissão? Cansados da vossa voz não ser tida em conta? A sentirem-se desmotivados ou que escolheram mal a profissão? Insatisfeitos com contratos de trabalho vergonhosos? Questionam-se sobre a formação inicial dos novos educadores? Tem outras questões, dúvidas, revoltas? Demasiado aborrecidos por a sociedade não vos dar o devido valor?
Fartos da nossa voz não chegar onde deve de chegar para fazer a diferença? Têm ideias e soluções e não sabem com quem partilhar, com quem as discutir?
Juntem-se a nós este dia 11 de Abril em Lisboa, no sentido de criarmos algo que nos una e nos identifique a todos! Vamos criar algo a nível nacional!
Vamos passar das palavras à acção!
Será a Educação uma Causa Perdida?

Informações sobre inscrições e localização mensagem privada.
Custo: o vosso intelecto!
(Só para Educadores de Infância, lotação limitada 40 pessoas)
Obrigado
Filipe Castillo

Escola maravilha, em Bali

Mais uma prova maravilhosa que há esperança...

Em Bali, na Indonésia, um casal de sucesso no ramos de jóias, viu as suas vidas mudarem radicalmente depois de uma ida ao cinema.
Em 2006, John Hardy, canadiano, e Cynthia, americana, foram ver "Uma Verdade Inconveniente", de Al Gore, e esse momento mudou-os. Dois anos mais tarde inauguraram a Green School (clique) que transformou, também, a vida de muitas pessoas.

Existe uma escola no meio da floresta no norte da cidade de Ubud, no coração da ilha de Bali, na Indonésia. Esta conta com 75 edifícios, resfriados e alimentados por fontes de energia renováveis, incluindo uma micro-hidrelétrica, energia solar e bio-diesel. Os edifícios da escola são construídos principalmente de recursos renováveis​​, incluindo o bambu, relva local, e paredes de barro tradicionais. A construção do campus foi relatada como um exemplo de grande escala potencial de construção de arquitetura de bambu. O bambu é cortado, torcido, dobrado, moldado, formando telhados em hélice, salas de aula suspensas, mobiliário lindíssimo. É o bambu levado a uma outra dimensão “O Coração da Escola”, prédio de 60 metros de comprimento, foi construído com 2.500 varas de bambu. A escola também utiliza materiais de construção renováveis ​​para outras necessidades, e tudo é feito de bambu, as salas de aula, as mesas, os armários, o quadro e até mesmo os parafusos.


Toda a água é reciclada, os pratos do refeitório são uma cesta com uma folha de bananeira, os jardins são, na verdade, hortas e todas as aulas têm como objetivo informar e encorajar os alunos em fazer a diferença pela sustentabilidade do planeta.




"A nossa visão é de um ambiente natural, holístico, centrada na aprendizagem do aluno que o capacite e inspire a ser criativo, inovador e líder."



Os alunos passam a manhã e a tarde entre três tipos de atividades: aulas normais (como inglês, matemática e ciências), artes criativas (drama, pintura, música e reciclagem) e estudos verdes.




Alguns canais onde se pode saber mais sobre esta escola, basta clicar para entrar no link.




quarta-feira, 8 de abril de 2015

II Filme


QUANDO SINTO QUE JÁ SEI







Duração: 78 minutos
Ano de lançamento: 2014 (Brasil)
Direção: Antonio Sagrado, Raul Perez e Anderson Lima

O filme registra práticas inovadoras na educação brasileira. Os diretores investigaram algumas iniciativas de oito cidades brasileiras e recolheram depoimentos de pais, alunos, educadores e profissionais. 
Este filme foi custeado por meio de financiamento coletivo.




Boa semana de trabalho!!!
Até à próxima quarta feira!

p.s 
peço desculpa por ter colocado o vídeo dois dias depois mas... estive de férias :D 

segunda-feira, 30 de março de 2015

I Filme




A EDUCAÇÃO PROIBIDA


Duração: 145 minutos
Ano de lançamento: 2012 (Argentina)
Direção: German Doin e Verónica Guzzo
 
Gravado em oito países da América Latina, o documentário problematiza a escola moderna e faz-nos pensar nas nossas práticas, apresentando alternativas pedagógicas, referidas em entrevistas com um vasto leque de educadores.
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Boa semana de trabalho!

domingo, 29 de março de 2015

Esta minha mania de falar em qualidade de educação....


Tudo começou à cerca de 34 anos atrás no meu primeiro dia de jardim de infância. Cheguei ao colo da minha mãe. Ela estava nervosa, eu senti isso no seu coração e na forma de me segurar, claro que a sua face esboçava um sorriso de forma a tranquilizar-me mas não em convenceu.
Até hoje retenho a imagem do espaço, da auxiliar, da bata dela, do cheiro, da minha mãe...
Ao chegarmos à sala (dos 3 anos) estava à porta a Custódia, mulher de cara fechada, sem sorriso, morena, cabelo castanho pelo pescoço, com uma bata vermelha, tipo avental que atava atrás e com folhos nos ombros (acho que por isso sempre detestei estas batas), de meia estatura e roliça. A minha mãe cumprimentou-a e apresentou-nos. Eu instintivamente, abracei a minha mãe, não gostei da receção. Pois se eu estava habituada a ter carinho, sorrisos, miminhos, colo, toque, brincadeiras, atenção e tantos beijinhos, como poderia ficar ali com aquela pessoa que mais parecia a madrasta da Cinderela?


O que aconteceu a seguir marcou-me para sempre e acho que influenciou a decisão de me tornar educadora.
Aquela estranha arrancou-me dos braços da minha mãe dizendo "pode ir embora que ela fica bem", nunca me esquecerei desta afirmação. Uma mentira. Pura e crua. A minha mãe afastou-se, olhou para trás enquanto eu chorava inconsolável e foi nesse momento que vi a sua dor em me deixar ali, a obrigação era maior que a vontade e por isso mesmo as lágrima caíram do seu rosto. A Custódia entrou comigo na sala, sentou-me num canto e disse "a tua mãe foi só ali e já vem não precisas de chorar"

Nunca me esqueci. Nesse dia nada fiz. Não comi, não dormi, não brinquei, não sorri, não conheci. Só chorei sentada no cantinho onde ela me deixara, cantinho esse onde a educadora costumava reunir o grupo. Era um espaço rebaixado na sala, tipo um buraco grande com várias almofadas. Ali fiquei mesmo com várias tentativas de aproximação da Guida (educadora).
Quando a minha mãe chegou ouviu "eu não lhe disse que ela ficava bem? só custam os primeiros minutos". Falsa. Nunca gostei dela.



Aquele dia surgiu várias vezes nos meus sonhos e quando um dia, talvez no 11º ano, comecei a pensar na área que gostaria de seguir, imaginava que podia ser educadora para não permitir que, pelo menos comigo, algumas crianças não tivessem que ficar com a mesma recordação com que eu fiquei.

Quando entrei para o curso passei por outra prova. No primeiro ano de estágio fiquei numa sala de 3 anos (coincidência...) com uma educadora pouco afectiva. Chamava-se Lena e tinha uma postura reta, não recorria ao toque, ao colo, ao afecto, fazia chamadas de atenção em tom grave, castigos, gritos também... Foi muito complicado estar com uma pessoa assim que ainda por cima tinha ciúmes meus... Quando comecei a ter mais confiança com o grupo (logo na 2ª semana e note-se que o meu estágio decorria de 4f a 6f semanalmente, no período da manhã) habituei-me a dar um beijinho a todos à minha chegada e à minha saída, brincava com eles nas várias áreas da sala, deixava que me penteassem, mesmo que isso implicasse chegar a casa e lavar o cabelo durante meia hora, dava colo (sim, sou dessas estranhas que gosta de toque), cantava e contava histórias sentada no tapete com eles, em vez de estar numa cadeira.... Com todas estas posturas valeu-me um 12, pois, "era ainda muito infantil e isso infantilizava o grupo", nota da avaliação.
Corri para a minha professora de Práticas Pedagógicas e chorei. Chorei e chorei e chorei. No fim disse "não estou aqui a fazer nada, não serei boa educadora". 
Este foi o segundo momento que marcou a minha decisão, pois a minha professora, de uma forma sábia manteve este diálogo: 
- dizes isso porque não concordas com a nota? 
- óbvio que não concordo
- achas que a Lena foi injusta? 
- acho que sim
- achas que ela está errada? 
- ela é a profissional, eu estou a aprender mas não me parece incorreto interagir com as crianças, acho que é até cruel a postura dela
- farias melhor?
- eu penso que sim
- então faz! agarra nessa revolta e transforma-a em algo positivo, na força para seres uma boa profissional.

Era o que eu precisava, estes dois ensinamentos.


Tirei o curso e comecei logo a trabalhar, passei por creche, jardim de infância, atl, trabalhei em privados, em ipss, no estado não por opção (nunca concorri), estive no comando de uma instituição durante 7 anos (e foi a melhor fase profissional que vivi, não pelo cargo mas porque podia trabalhar como gostava, como achava certo), também errei algumas vezes, entrei nos padrões porque tinha que ser, a obrigação, a imposição de chefias, a comparação com colegas, a pressão de pais... Tudo isso nos afasta da essência da educação.


Desde que fui despedida em agosto (sim, fui despedida por extinção do posto de trabalho, disse a diretora, mas na verdade ela não gostava que eu falasse, que eu apontasse o dedo, da minha relação com os pais, e, o mais importante, não gostava de que eu não "bajulasse") que comecei a rever tudo o que tinha feito, o que tinha dito, como o fiz e como o disse, o que me tinha incomodado, o que não tinha conseguido fazer e porquê, quem me tinha apoiado e eu não contava mas também quem eu esperava que me desse a mão e no final não estava lá, das desilusões, das alegrias, das lágrimas e sorrisos, dos meus meninos e seus pais, das minhas colegas... Tudo foi pensado e revisto. 
Concluí. Não quero trabalhar novamente segundo estes padrões que nos impõem tudo e tão pouco nos dão em troca (falo em reconhecimento), com tanta burocracia, com tantas comparações, com tantos "méritos", com tantos absurdos, com tantas negligências, tudo para bem parecer, tudo para ser o melhor. O melhor em quê? Se na verdade não existe qualidade de serviços. Tudo é dinheiro. Tudo são estatísticas. 
1 de agosto de 2014 foi um momento feliz na minha vida. Foi o ponto de viragem. Ao fim de cerca de 3 semanas estava eu a pesquisar sobre tudo isto e encontrei escondido no meu pc um documentário intitulado "Educação Proibida", de que já falei aqui.




Fez-me tanto sentido, revi-me em quase tudo e pensei: "mas existirão colegas destes e escolas destas em Portugal?". 
Desde então vou à procura. Vou a formações, a palestras, a workshops, vou visitar escolas com metodologias diferentes, vou a associações conhecer o seu trabalho, vejo outros documentários, ouço mestres, debato com amigos e familiares...

Na semana passada fui ao Monte do Estoril, Cascais, para ouvir o professor José Pacheco. Um SENHOR! Adorei a sua apresentação, a sua conversa, a sua perspectiva, a forma como vê a educação... (sobre isso escreverei mais tarde) e vim tão deslumbrada que pensei em partilhar. Mas esta partilha será faseada, pois, também sei que para muitos é aborrecido ler um texto desta extensão ou ver um vídeo com mais do que 5 minutos. 
Pensemos que nesses momentos estamos a crescer, a aprender a ser melhor, a aprender com mestres.

Continuo a dizer que é urgente que se 

EDUQUEM OS EDUCADORES 



Também por isso decidi partilhar convosco alguns dos vídeos/documentários que tenho visto e me têm feito repensar, cada vez mais, na educação. Assim, colocarei semanalmente (às 2ªfeiras) um desses vídeos que espero que vos faça sentir o que sinto.

Esta minha mania de falar 
em qualidade de educação...


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 clique para ver

I Filme 
II Filme 
III Filme 
IV Filme 
V Filme
VI Filme 
VII Filme 
VIII Filme
IX Filme
X Filme


Espero que tenha gostado e que
tenha mudado algo dentro de si.
Grata por assistir.