Um espaço dedicado à primeira infância e tudo o que a envolve. O meu cantinho onde mostro que adoro as crianças e tudo o que as possa fazer felizes; por isso acredito que neste mundo cinzento temos de pegar nas cores do arco-íris, juntar-lhe um sorriso e vermos como a vida pode ser bonita.
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Chefe do dia
No inicio deste ano letivo adoptei na sala a rotina do "Chefe do dia". Coloquei na parede as fotografias de todas as crianças do grupo (apesar de algumas nunca serem devido à hora que chegam) e no centro o local onde ficará o eleito. Optei por fazer por ordem alfabética e começo por pedir a cada um que se sente na sua almofada em semi circulo, o chefe desse dia coloca a sua foto e de seguida começa por iniciar algumas das suas funções: distribuição da fruta e das águas. Ao longo do dia vai tendo outras "responsabilidades" como colocar babetes no cesto e ajudar a Tina, a teresa e a Vera no que for solicitado.
Novidade na sala
Uma mamã da sala, emprestou (por tempo indeterminado lol) um brinquedo que lá em casa se tornava muito grande e que não estava a fazer muito sucesso. A verdade é que o meu grupo adorou e todos os dias pedem a pista.
A parte engraçada é que a Tina bem tentou montar como deve de ser mas sem manual de instruções, ficou como mostra a primeira foto quando na verdade a forma correcta é bem diferente (segunda foto). Bem.... eles não se importaram :)
Porque devem os pais pôr os filhos chorar?
Nas últimas semanas, o psicólogo clínico fez um périplo por vários países europeus, tendo sido ouvido no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sobre “qualidade na infância”. |
Gordon Neufeld
"A ideia de fazer tudo para que os filhos sejam felizes,
evitando que chorem, está ultrapassada. A teoria de disciplinar sem que a
criança chore está desactualizada, diz Gordon Neufeld, psicólogo
clínico canadiano que esteve em Portugal no final da semana.
“As crianças precisam da tristeza, da tragédia para crescerem. Precisam
de ter as suas lágrimas”, defende. Nos primeiros meses e anos de vida, o
“não” dito pelos pais ajuda a disciplinar, em vez de estragar a
criança. “Estamos a perder isso na nossa sociedade, não admira que as
crianças estejam estragadas com mimos. Afinal, elas são sempre as
vencedoras”, continua o investigador que esteve em Lisboa a convite da
empresa BeFamily, do Fórum Europeu das Mulheres, da Associação
Portuguesa de Famílias Numerosas e da Associação Portuguesa de Imprensa.
Na conferência sob o lema “Vínculos Fortes, Filhos Felizes”, Neufeld
defende que só se atinge o bem-estar através da educação e que esta deve
estar a cargo das famílias e não do Estado. E para garantir o bem-estar
de qualquer ser humano ou sociedade é necessário preencher seis
necessidades.
A primeira é o “aprender a crescer” e para isso há que chorar, é
preciso que a criança seja confrontada, que viva conflitos, de maneira a
amadurecer, a tornar-se resiliente, a saber viver em sociedade.
A segunda necessidade é a de a criança criar vínculos profundos com os
adultos, estabelecer relações fortes. Como é que se faz? “Ganhando o
coração dos filhos. É preciso amarmos e eles amarem-nos. Temos de ter o
seu coração, mas perdemos essa noção”, lamenta o especialista que conta
que, quando lhe entram na consulta pais preocupados com o comportamento
violento dos filhos, a primeira pergunta que faz é: “Tem o coração do
seu filho?”, uma questão que poucos compreendem, confidencia.
E dá um exemplo: Qual é a principal preocupação dos pais quanto à
escola? Não é saber qual a formação do professor ou se este é
competente. O que os pais querem saber é se a criança gosta do docente e
vice-versa. “E esta relação permite prever o sucesso académico da
criança”, sublinha Neufeld, reforçando a importância de “estabelecer
ligações”.
E esta ligação deve ser contínua – a terceira necessidade –, de maneira
a evitar problemas. Neufeld recorda que o maior medo das crianças é o
da separação. Quando estão longe dos pais, as crianças começam a ficar
ansiosas e esse sentimento pode crescer com elas, daí a permanente
procura de contacto, por exemplo, entre os adolescentes com as mensagens
enviadas por telemóvel ou nas redes sociais, muitas vezes, ligando-se a
pessoas que nem conhecem, alerta o especialista.
O canadiano recomenda que os pais estabeleçam pontes com os seus
filhos. Quando a hora da separação se aproxima, há que assegurar que o
reencontro vai acontecer. Antes de sair da escola, dizer “até logo”; à
hora de deitar, prometer “vou sonhar contigo”.
Mas a separação não é só física, há palavras que separam como “tu és a
minha morte” ou “tu és a minha vergonha”. Mesmo quando há problemas
graves para resolver, a frase “não te preocupes, serei sempre teu pai”
ajuda a lembrar que a relação entre pai e filho é mais importante do que
o problema. Hold on to your kids é o nome do livro que escreveu e onde defende esta teoria.
A importância de brincar
A quarta necessidade a ter em conta para garantir o bem-estar dos
filhos é a necessidade de descansar. Cabe aos adultos providenciar o
descanso e este passa por os pais serem pessoas seguras e que assegurem a
relação com os filhos.
As crianças precisam que os pais assumam a responsabilidade da relação,
que mantenham e alimentem a relação, de modo a que elas possam
descansar e, nesse período, desenvolver outras competências. Uma criança
que está ansiosa pela atenção dos pais não está atenta na escola, por
exemplo.
Brincar é a quinta necessidade a suprir. Não há mamífero que não
brinque e é nesse contexto que se desenvolve, aponta Neufeld. E brincar
não é estar à frente de uma consola ou de um computador; é
“movimentar-se livremente num espaço limitado”, não é algo que se
aprenda ou que se ensine. E, neste ponto, Neufeld critica o facto de as
crianças irem cada vez mais cedo para a escola, o que não promove o
desenvolvimento da brincadeira. “Os ecrãs estão a sufocar a brincadeira e
as crianças não têm tempo suficiente para brincarem”, nota o psicólogo
clínico que, nas últimas semanas, fez um périplo por vários países
europeus, tendo sido ouvido no Parlamento Europeu, em Bruxelas sobre
“qualidade na infância”.
Por fim, a sexta necessidade é a de ter capacidade de sentir as
emoções, de ter um “coração sensível”. “Estamos tão focados em questões
de comportamento, de aprendizagem, de educação; em definir o que são
traumas; que nos esquecemos do que são os sentimentos. As crianças estão
a perder os sentimentos quando dizem ‘não quero saber’, ‘isso não me
interessa’, estão a perder os seus corações sensíveis”, diz Neufeld.
Em resumo, é necessário que os pais criem uma forte relação emocional
com os filhos, de maneira a que estes sejam saudáveis. Os pais são os
primeiros e são insubstituíveis na educação dos filhos e são eles que
devem ser responsáveis pelo seu desenvolvimento integral e felicidade.
Se assim for, estarão também a contribuir para o bem-estar da sociedade."
in "Life & Style, Família e Relações - Público"
sábado, 17 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Conferência sobre "A importância dos vínculos entre pais e filhos"
"Autor do best-seller mundial, “Hold On to Your Kids”, no qual aborda as
conexões afectivas entre pais e filhos como a base estruturante da
sociedade, Gordon Neufeld vem a Portugal no próximo dia 16 de Novembro
para um encontro com profissionais na área da pedagogia e educação e
ainda uma conferência aberta ao público mediante inscrição. (Patrícia Susano Ferreira | pferreira@destak.pt)
Gordon Neufeld é um psicólogo canadiano com larga experiência clínica e
uma carreira dedicada às questões da infância e relações familiares. A
sua passagem por Lisboa no próximo dia 16 de Novembro, marca o final de
uma digressão que o autor tem programada para vários países europeus e
que inclui uma intervenção no Parlamento Europeu, em Bruxelas, onde se
reunirá com o grupo parlamentar "Childhood Quality".
Na conferência “Vínculos Fortes, Filhos Felizes”, no próximo dia 16 de
Novembro, no Auditório Montepio em Lisboa, entre as 18h30 e as 21h00,
Gordon Neufeld abordará, numa linguagem clara e acessível, os seus
conceitos de “cultura dos vínculos” e de como esta fomenta sentimentos
de pertença e segurança, essenciais para dar sentido à existência
humana.
A conferência, especialmente dirigida a todos os pais,
professores, educadores e profissionais de saúde infantil, pretende
demonstrar a importância do papel dos pais enquanto primeiros e
insubstituíveis educadores e formadores dos seus filhos, fortemente
responsáveis pelo seu desenvolvimento pessoal integral e pela sua
felicidade. Uma oportunidade a não perder, numa reflexão urgente sobre
as questões da infância e da adolescência, da educação e do futuro."
fonte: naturkinda ecological babies
A conferência, especialmente dirigida a todos os pais, professores, educadores e profissionais de saúde infantil, pretende demonstrar a importância do papel dos pais enquanto primeiros e insubstituíveis educadores e formadores dos seus filhos, fortemente responsáveis pelo seu desenvolvimento pessoal integral e pela sua felicidade. Uma oportunidade a não perder, numa reflexão urgente sobre as questões da infância e da adolescência, da educação e do futuro."
Conheça os perigos do açúcar
Robert Lustig é um médico americano da Universidade da Califórnia (San
Francisco, EUA), especialista em obesidade.
Recentemente, ele tem promovido uma
campanha para que haja leis restritivas de consumo de açúcar semelhantes às
existentes para o álcool e tabaco, o que limitaria especialmente o acesso das
crianças a produtos açucarados e para isso considerou
várias estratégias. Por exemplo, duplicar o preço dos refrigerantes, para
que as crianças não os pudessem pagar. Ter lojas de doces a fechar à
tarde, quando as crianças estão a sair da escola. Restringir a publicidade de alimentos com açúcar adicionado. Definir um limite de idade para refrigerantes, possivelmente 17, para que
as crianças mais jovens não podessem comprar latas de Coca-Cola.
Será que existe motivo para tanta preocupação?
O endocrinologista, que lançou um vídeo no Youtube no qual fala sobre o
assunto, cita como exemplo uma
série de doenças. Ele defende que o número de problemas de saúde como tensão
alta, doenças do coração e vícios alimentares eram muito menores há 30 anos, e
o responsável pelo salto nos índices foi o açúcar. Como exemplo, o médico cita a diabetes. Em 2011, havia 366 milhões de
diabéticos no mundo (o equivalente a 5% da população), mais do que o dobro em
1980.
Sabemos
disso porque, nos anos setenta, o mundo ocidental tinha um baixo teor de
gordura. Investigações médicas dizem ter descoberto uma ligação entre a
gordura na dieta e ataques cardíacos.
Como sabemos
agora, a situação é bastante complicada - algumas gorduras, nomeadamente
óleos ômega-3, são realmente bons para o coração. Ainda assim, nos anos
setenta, a indústria de alimentos cortavam na gordura. Tivemos iogurte desnatado,
baixo teor de gordura em refeições prontas, baixo teor de gordura em molhos, baixo
teor de gordura em tudo. O problema, segundo Lustig, "é que, se se
tirar a gordura, tudo isto fica com gosto de papelão. Tinha que se fazer alguma
coisa." E o que é que eles fizeram? "Eles acrescentaram carboidratos. E isso o que é? Xarope de milho com percentagens altas de frutose e sacarose."
Assim, à cerca
de 35 anos atrás, o mundo desenvolvido fez uma mudança radical na sua dieta.De lá para cá, fomos substituindo a gordura por açúcar. No Reino Unido, por
exemplo, os índices são alarmantes: desde 1990, o consumo de açúcar cresceu
35%. Entre as crianças, a ingestão de glicose representa 17% do total de
calorias diárias. Um facto
interessante é que ano, após ano, nós estamos a comprar menos sacos reais de
açúcar - "açúcar visível". Os grandes aumentos estão no "açúcar
invisível".
Vejamos algo mais concreto...
Por exemplo, existem sete colheres de açúcar numa lata de coca-cola.
Muita gente sabe disso. Mas você sabe que mais de 60% de uma bebida
Slimfast é feita de açúcar? Há
xarope de glucose-frutose em iogurtes biológicos, há frutose em barritas light, há açúcar em
pão normal, dextrose no pão integral, há açúcar no salmão defumado, há açúcar nas delicias do mar (marisco), existe
um queijo que é delicioso - graças à
frutose que se acrescentou, existem salsichas com açúcar... E daí por diante...
Como é que chegamos a esse ponto? A resposta do médico americano está nos produtos industrializados.
Nos
últimos anos, conforme ele explica, todos já sabem que açúcar em excesso pode
fazer mal. Por isso, substituímos o açucar pelo adoçante, por exemplo, e
tentamos cortar o açúcar dos alimentos que nós mesmos preparamos.
O problema é que o “açúcar invisível”, já embutido no alimento que vem da
fábrica, atinge uma quantidade cada vez maior de produtos. Se você vir o
rótulo dos produtos que pôs no carrinho do seu supermercado, vai descobrir
que existe açúcar em coisas que você nem imaginava.
Muitas pessoas engordam, por exemplo, porque o açúcar é um inibidor natural
da leptina, o hormônio através do qual o estômago diz ao corpo que “já está
bom, podes parar de comer”. Algo como um travão natural. Este e outros efeitos
nocivos indiretos à saúde por parte do açúcar também são objeto de estudo do
endocrinologista americano.
O caminho para a restrição de tais produtos, conforme o próprio Robert
Lustig afirma, é complicado. A indústria alimentícia resiste às tentativas de
baixar os índices de açúcar nos produtos por que acreditam – provavelmente com
razão – que o consumo vai cair significativamente se os alimentos nas formas em
que as pessoas estão acostumadas mudarem. A vontade de mudar, dessa forma, deve
partir em primeiro do consumidor.
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